quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Querido Paul,

Assaltaremos bancos, venderemos nossos rins, nossos corpos e até as nossas almas, mas iremos te ver em Porto Alegre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Happy bday, Mr. Lewis!

Alinhar ao centro
O muso dos pianos completa 75 aninhos hoje!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Modest Mouse - The World at Large

Depois de Blur e Pavement passarem meses reinando soberanas em minha playlist das manhãs caseiras e sonolentas, outra banda noventinha anda lutando pelo seu espaço: Modest Mouse. E essa é uma das minhas músicas favoritas:


Mais uma influência de alguém que mal sabe da minha existência neste plano.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Quando a moda é legal

Há alguns meses eu fiz um post falando sobre o extinto blog da marca masculina Spirito Santo, que mostrava o lado, digamos, underground de Porto Alegre (na moda e na arte em geral) e que era uma boa opção pra quem não aguentava mais esse "fashionismo victim" exacerbado nos blogs por aí. Pois dia desses dando uma olhadinha na revista Criativa acabei descobrindo um blog de moda que fica no próprio site da revista, o Vista Sim. Ele também busca fugir desse padrão chato em que todo mundo veste as mesmas tendências enjoativas em nome da moda - e da marca.
Ali os fotógrafos e repórteres buscam estilos em ruas populares de São Paulo, feirinhas, redutos alternativos e vão até para outros países. Não sei se a intenção é exatamente essa, mas eles acabam trazendo o diferencial da moda e mostrando que o que você menos precisa pra ter um estilo legal é de um cartão de crédito ilimitado.
E já que nunca citei ele por aqui, o Looks Like Porto Alegre também tá aí com o mesmo objetivo. Há quase dois anos ele figura no meu menu de favoritos porque procura mostrar a criatividade das pessoas na hora de vestir e de arrematar peças por aí. Combinemos que muito mais agradável que ver blogueiras "autofotografadas" usando as tendências da estação que tu pode ver em qualquer lugar.



Fotos: Vista Sim

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Figuras Notáveis: Hunter S. Thompson

O escritor americano Hunter S. Thompson tornou-se mundialmente conhecido pelo seu livro “Medo e Delírio em Las Vegas” e também por ser o precursor do chamado Jornalismo Gonzo. O estilo de jornalismo caracterizado pelo fato de o repórter viver na pele a situação e depois escrever sobre ela fez com que Thompson vivesse momentos intensos, regados aos mais variados tipos de drogas.
Adepto do Movimento Beat da década de 60, Thompson escreveu para várias publicações americanas até lançar a sua primeira obra, em 1965. O livro “Medo e Delírio sobre duas Rodas” surgiu de uma reportagem para uma revista esquerdista. Para escrevê-la, Thompson passou um ano convivendo com a gangue de motociclistas Hell's Angels. Através de relatos políticos e sociológicos extremamente detalhados e do envolvimento com a contra-cultura, a obra tornou-se um clássico do New Journalism.
Seu mais famoso livro, “Medo e Delírio em Las Vegas”, começou nas páginas da revista americana Rolling Stone, antes de ser publicado em 1971. Na história, Hunter Thompson encarna Raoul Duke, uma espécie de alter-ego que vai até Las Vegas para cobrir uma corrida de motos e uma convenção sobre drogas. Acompanhado do peculiar advogado Dr. Gonzo, Thompson encheu o porta malas de seu conversível vermelho com diversos tipos de drogas, desde maconha até cocaína, LSD e mescalina.
Nos anos seguintes Thompson publicou novos livros e continuou escrevendo artigos sobre política, violência e drogas para várias revistas. Na década de 90 chegou a ser preso por porte de drogas e foi acusado de abuso sexual por sua assistente. Em 20 de fevereiro de 2005, Hunter Thompson tirou a sua própria vida com um tiro de espingarda. Ao seu lado um bilhete de despedida alegava que o escritor sentia-se muito deprimido e sofrendo dores terríveis devido a uma cirurgia.
Três de suas obras, entre livros e contos, já possuem adaptações para o cinema. O primeiro deles, “Medo e Delírio em Las Vegas” foi lançado em 1998. O segundo, intitulado “O Diário de um Jornalista Bêbado” está previsto para ser lançado ainda este ano. E o último, baseado no conto “Prisoner of Denver”, está começando a ser filmado e ainda não há previsão de lançamento.

domingo, 19 de setembro de 2010

Refresco Elétrico

Era um bar australiano, com direito a cangurus, um quadro dos Beatles familiarizando-se a instrumentos típicos e uma placa indicando para que lado fica a Tasmânia. Veneno lisérgico correndo nas veias, subindo ao cérebro, as portas da percepção já bem escancaradas e o muso da psicodelia lisérgica sacudindo sua androginia no palco.
Eu balançava minha (terceira?) garrafa d'água para cima enquanto tentava juntar as silabas que formavam a letra de Mademosielle Marchand. Foi quando uma pessoa conhecida e levemente alcoolizada esbarrou em mim. É claro que não me importei, decerto nem senti nada, mas a guria olhou pra mim com uma cara tão suplicante e desesperadora enquanto me pedia desculpas, que me fez pensar na expressão facial monstruosa que eu certamente estava fazendo.
Show acaba, o rei recolhe sua Danelectro brilhosa, passa pelos quatro malacabados no segundo andar - que mal notam sua presença no recinto -, solta um mimoso tchaaaau e desce as escadas. Isso mais tarde me fez pensar: seria ele tão experiente no assunto que notou de longe a espécie de coisa que haviam aqueles jovens tomado?
Então fui ao banheiro.
A guria do esbarrão estava estava lá, e com mais súplicas me pediu desculpas pelo esbarrão. Que esbarrão? Ah, o esbarrão. Pensei em como eu poderia explicar o meu estado e assim justificar a minha reação anterior (que eu nem sabia qual tinha sido) para a pobre guria. Quando escolhi as palavras certas para contar o que se passava comigo, eu só pude ouvir um E ELE TEM MAIS, SERÁ? Antes que eu pudesse responder, sua presença já havia se tornado um rastro de fumaça.

sábado, 18 de setembro de 2010

The Hard Times of RJ Berger

Depois de Seth Cohen e Rusty Cartwright, um novo geek em minha vida:

RJ Berger
Pra quem curte séries de comédia bestas com trilhas sonoras espetaculares, historinhas clichês e um nerd lindo de morrer como protagonista, recomendo The Hard Times of RJ Berger. Logo no primeiro episódio descobrirás que RJ não é um nerd como outro qualquer. Heh.
Ah, e não se preocupe, porque apesar de o ator Paul Iacono ter essa carinha de criança perdida, ele é maior de idade e acabou de completar 22 anos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

We Are Scientists - I don't Bite

Clipe novo do We Are Scientists pra me fazer tomar vergonha na cara e providenciar o Barbara as soon as I can. Porque, olha, o disco já foi lançado há quatro meses e eu tenho plena consciência disso há pelo pelo menos três, e não fiz nada a respeito. Muito legalzinho o clipe, a propósito, vê aí:

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Desejos Literários

Meu aniversário é daqui a três meses, logo depois tem o natal e tem também o fato de eu ser uma pessoa muito legal e que não precisa de datas comemorativas para presentear, e...

#1 - Uivo - Allen Ginsberg
#2 - Junky - William Burroughs
#3 - Flashbacks - Timothy Leary
#4 - Os Vagabundos Iluminados - Jack Kerouac
#5 - As Portas da Percepção - Aldous Huxley
#6 - O Vampiro - Léo Felipe

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu conheço uma cidade, onde posso te levar... pt. 3

Dias 3 e 4 - Depois de acordar e voltar a dormir algumas vezes na esperança de, numa dessas, a ressaca sumir, Mr. Both produziu uma de suas especialidades gastronômicas e eu tive a minha primeira refeição de gente normal dos últimos dias. Quando abri a minha bolsa pra ver o que restou nela e dei de cara com aquele monte de material de merchandising de banda, pensei puta merda, gastei todo o meu dinheiro nisso e não vou poder voltar pra Balneário nunca mais. A ideia nem me pareceu tão aterrorizante assim, mas no fim da tarde eu, Matheus e Both já estávamos a caminho da rodoviária pra garantir a minha passagem de volta para o dia seguinte. Quase me arrependi da compra quando, mais tarde, fomos até o calçadão para que eu pudesse participar da vida santa-mariense por completo. Isso consistia em tu ter uma térmica pequena e uma cuia igualmente pequena, sentar em um banco qualquer e saborear o chima. É claro que os idiotas não se prestaram a levar o chimarrão, mas isso foi resolvido ao encontrarmos um amigo deles devidamente munido da cuia, da térmica e de um incrível sotaque de guri do Bom Fim.
Nesta noite resolvemos fazer um programa mais familiar e pedimos uma pizza no Pangaré.

Ao acordar na segunda-feira o mundo parecia novo pra mim. Era estranho acordar naquele apartamento sem uma dor de cabeça lancinante e a preocupação do que foi feito na noite anterior. Fui com o Both pagar as contas do mês, passamos uma hora na praça tomando coca-cola e observando a vida em seus diferentes aspectos e as 19h atacamos um taxista em pleno horário de pico na Rua do Acampamento. Tinha chegado a minha hora.

sábado, 11 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eu conheço uma cidade, onde posso te levar... pt. 2

Dia 2 - Acordo na cama do Both com uma ressaca absurda, não sei quem sou, onde estou, como fui parar ali. No chão, uma caixa de Lucky Strike, alguns cigarros espalhados e umas latas vazias de Polar me ajudaram a lembrar que os guris chegaram em casa antes de mim e do Both e fizeram um estardalhaço na cama. Respiro fundo e vou no mercado com uma dor de cabeça lancinante, compro dois Cup Noodles, um pacote de Bono e volto para o Pangaré. Lá cada um é responsável pelo seu almoço na hora em que acordar.
Depois de todos terem almoçado sua devida junkie food, os guris resolveram jogar futebol para suar todo o álcool ingerido na noite anterior. Eu fiquei em casa com o Guilherme, que me mostrou a sua fabulosa coleção de livros do Bukowski, seu manuscrito original do On The Road e suas milhares de músicas - que notei serem semelhantes ao meu gosto musical. Grande rapaz aquele.
Ao cair da noite fomos buscar a guria do Diego no fantástico apartamento vintage dela, passamos no mercado - mais bebida. Como todos (quase todos?) os habitantes do apartamento são músicos, não falta em cada canto violões e guitarras e umas notas soando em algum cômodo. Enquanto fazíamos um acústico bastante eclético e bebíamos feito animais irracionais, eu e Both nos preparávamos para ir ao Macondo mais uma vez. Esta era para ser a grande noite, Gulivers e Valentinos, ali, na minha frente.
Depois de todas as pessoas presentes no Pangaré ajudarem a montar meu visual, eu e Both rumamos para o Macondo. Ao descer as escadas do prédio percebi que eu mal sabia pronunciar meu próprio nome.
Neste dia o Macondo poderia ser tudo, tudo, menos o mesmo lugar que eu havia ido no dia anterior. No lugar das 16 pessoas por metro quadrado de sexta-feira, no sábado havia moscas, almas penadas e ar, muito ar para respirar. A partir daí só lembro de alguns fragmentos da noite. Lembro de ter me encantado com a simpatia e a cordialidade de pelo menos 80% dos membros de cada uma das duas bandas, de ver o Both em conversas animadas com alguns deles e de sair de lá com uma camiseta, um botton e um CD dos Gulivers e um dos Valentinos na bolsa - e umas fotos muito suspeitas na minha câmera.
Não lembro como chegamos no Pangaré, só lembro que quando abri a porta do quarto a cama não estava lá. Ela estava na sacada. A essa altura, Seco já tinha se trancado em seu quarto para não apanhar, Guilherme filmava a nossa reação, Diego e sua guria riam feito doentes mentais e o resto das pessoas não lembro onde estavam, o que fazem ou quem eram. Só lembro de acordar no dia seguinte com uma dor de cabeça três vezes mais intensa que a do dia anterior.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu conheço uma cidade, onde posso te levar...

Santa Maria:
Dia 1- O ônibus da Viação União Santa Cruz estaciona no box 11 da Estação Rodoviária de Santa Maria às sete e vinte da manhã. Lá fora, uma chuva torrencial meio que sorri pra mim insinuando que estaria disposta estragar meu feriadão. Eu sorrio de volta insinuando que nada estragaria meu feriadão, muito menos um monte de água caindo do céu.
Peguei um taxi até a Rua do Acampamento com um certo receio do que iria encontrar no lugar do que era para ser o apartamento do meu amigo Both e de seus quatro roomates. Pangaré, o nome do apartamento, by the way. Chegando lá, percebi que a pouca mobília da casa consistia, entre outras coisas, em três sofás na sala. Todos de cores, tecidos, modelos e tamanhos diferentes. Um rack suportava uma televisão mal sintonizada e uma cabeça humana feita com argila chamada Manolo. Na parede, um mural de isopor com alguns avisos bizarros e contas para pagar.
Logo descobri que um dos dois rapazes que eu não conhecia, na verdade, era um velho conhecido lá de Santa Rosa, o Guilherme. Mas assim, velho mesmo. Quando eu tinha 13 anos frequentávamos a mesma academia e ele viu eu dar meus primeiros passos no mundo punk bubblegum e me presenteou com um CD cheio de músicas do Blink 182, Sum 41, Goldfinger e coisas do nível. O outro roomate era o irmão do Both, que eu já conhecia, e o Seco, que eu conhecia de vista das nights santarosenses. Bem, faltava eu conhecer o último roomate, e, quando me dei conta disso, um transeunte atravessa a sala com a escova de dentes na mão e nem me vê. Beleza, todo mundo sabe que eu odeio formalidades de qualquer modo.
Depois de almoçarmos uma pizza de mercado, Both me levou pra visitar a Unifra, onde um de seus colegas seguiu junto com a gente pra me mostrar um pouco do centro da cidade. Não mais que de repente, outra velha conhecida de Santa Rosa me aborda na rua fazendo um escândalo pouco discreto. Então voltamos para o Pangaré para discutir o que faríamos na tão comentada noite de sexta-feira. Deveríamos alcançar os objetivos que cada um desenhou em uma folha de papel presa no mural. Como eu não sei desenhar porra nenhuma, desenhei um balão. Acompanhe o resultado disto nas próximas linhas.
Acabamos indo no mercado e saindo de lá com cerveja e outras formas alcoólicas. Às 23 horas eu mal sabia o meu nome e ainda tinha que terminar a maquiagem para ir pro Macondo Lugar. Saímos de casa, eu, mais os cinco moradores do pangaré e mais o Matheus, pangaré agregado e também velho conhecido desta que vos escreve, pelas ruas frias de Santa Maria. Com um guarda-chuva xadrez encontrado na rua, seguimos nosso rumo felizes e sorridentes quando, de sopetão, o Guilherme surge correndo na minha frente com um chumaço de balões vermelhos furtados de uma loja de celular. Tó, teu desejo de sexta, ele disse. Nesse momento eu ria tanto que já não possuía mais capacidade de sugar todo o ar que meu pulmão necessita para continuar me mantendo viva.
Passado o ataque, nos deparamos com uma fila de mais de uma quadra contornando o Macondo. Todos os estudantes do mundo deveriam estar ali com suas carteirinhas em punho, pois sexta-feira estudante não paga no Macondo. Depois de uma tradicional furada de fila, entramos. Aquilo estava mais para um vidro de pepinos em conserva do que para uma balada de rock'n'roll. Dessa vez faltava ar porque havia pelo menos mais 16 pessoas no mesmo metro quadrado que tu. Both arrumou confusão com os seguranças, que o viram furando a fila das fichas (duas vezes), e então decidimos ir pro DCE, eu, Both, e uma amiga dele que me lembrou a Funérea. Fui muito com a cara dela.
No DCE estudante também não paga, mas os caras que conferem as carteirinhas aproveitam para dar risada da tua cara na foto do documento. Enfim. No DCE tinha música boa, cerveja gelada e de fácil acesso, homens interessantes, homens de muletas, homens interessantes de muletas, bêbados, putas, drogados, gente normal, gente anormal, gente como eu e você e todo mundo. Saímos de lá por volta das quatro horas cambaleando. Nada mais me lembro.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Recomendações do Maiquinho

Se liga na lista de filmes e séries que, segundo meu muso Michael Cera, são indispensáveis para a sanidade humana:
A lista foi escrita para um rapazinho que encontrou Michael em um Café em Londres. Michael, canadense que é, simpatizou com o cara ao ver a estampa de seu boné, "Team Canada". Cool, hã? Por sorte ele era fã de Cera e emendou um longo papo com o rapaz.
Agora vou me recolher a minha insignificância, pois de todos esses eu só assisti Boogie Nights.

(Via My Cool)