domingo, 21 de julho de 2013

não to confusa

Eu sei, presidente Obama, que o senhor deve estar intrigado a respeito do que eu ando fazendo na internet. Mas se um dia eu procuro por intercâmbio na Irlanda, no outro por cursos baratos em Boston, e na próxima semana busco especialização em jornalismo cultural e em comunicação e cultura ou mestrado em literatura e depois como trabalhar no Uruguai e na Argentina, enfim, isso não quer dizer que eu esteja confusa. Não mesmo. Significa apenas que não tá legal. Saca?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

apenas pior

Quase um ano. Eu poderia dizer que por dentro continua tudo ruim como estava, mas a verdade é que ficou bem pior. Porque além de não ter acontecido absolutamente nada do que eu sonhei ou planejei, todo o trajeto para o fracasso foi cheio de nãos, cheio de falta de respostas, afinal eu nunca desisti e é isso o que acontece com quem não desiste: apanha outra vez. 
Quanto mais eu era derrubada e quanto mais eu olhava ao meu redor, mais eu tinha vontade de subir o morro ou atravessar a cidade dentro de um ônibus pra tentar me salvar, mas ninguém abriu a porta pra mim. Nada do que eu fiz resultou em coisa alguma. Os sábados acordando junto com o sol, a busca por mais isso ou mais aquilo enquanto meus adversários apenas viviam suas vidas sem qualquer anseio. 
Não dá nem pra dizer que continua a mesma coisa.

domingo, 7 de julho de 2013

moravam na cidade, também o presidente

A primeira vez que ouvi falar no Aborto Elétrico foi em 2001, quando surgiu em minhas mãos o Acústico MTV Capital Inicial e antes de tocar Fátima, Veraneio Vascaína e Música Urbana, o Dinho anunciou que as próximas canções eram da supracitada banda. No alto dos meus 11 anos, contudo, eu só queria saber de ouvir Natasha no repeat porque achei que a aquela história só poderia ser meu futuro escrito & musicado, portanto não dei muita bola para as três faixas que fechavam o disco, embora a última delas tivesse soado bem aos meus ouvidinhos juvenis.
Anos depois, em 2005, tudo ficou mais claro quando a MTV fez o Especial Aborto Elétrico com o Capital tocando somente músicas da banda. Achei aquilo potencialmente interessante, especialmente porque Renato Russo & Legião Urbana nunca tinham conseguido me impressionar. Mas claro que naquela altura do campeonato não pegava bem eu ficar ouvindo a banda do Dinho Ouro Preto, não importava que raios ela estivesse tocando.
Seis anos mais tarde, fui buscar referências de estilo para fazer meu TCC e acabei lendo um livro chamado BRock e a biografia do Renato Russo, ambos do Arthur Dapieve, um atrás do outro, ao passo que o Especial Aborto Elétrico reprisava na MTV. Daí sim, livre das amarras da juventude que não permitiam desviar de meu foco musical, entre meu compromisso com o rock gaúcho, passei a gastar um tempinho também com o de Brasília. Desde então já li, ouvi e assisti tudo o que encontrei a respeito e não me canso de saber de mil maneiras e versões como aquele senhor de óculos e barba criou junto com seus amigos esse troço barulhento que eles orgulhosamente chamavam de punk brasileiro.

Essa é uma das minhas favoritas: